Abrir Franquia Não Contorna Falta do DNA Empreendedor.
Ou você se torna empreendedor ou está perdendo tempo.
O que é DNA Empreendedor?
Quando falamos em DNA empreendedor, não nos referimos a uma questão genética literal. Estamos falando de características que moldam uma mentalidade: iniciativa, aceitação de risco, resiliência diante dos problemas, capacidade de inovar e, principalmente, o desejo real de criar, construir e expandir algo no mercado.
Embora habilidades empreendedoras possam ser desenvolvidas ao longo da vida, nem todas as pessoas partem do mesmo ponto — e nem todas desejam, de fato, trilhar esse caminho.
O Caso Real: José e Maria
Para ilustrar melhor, vamos trazer dois exemplos reais, com nomes fictícios:
José, ex-militar do Exército Brasileiro, teve uma carreira sólida baseada em hierarquia, disciplina e missão coletiva. Sempre muito humano e admirado por seus liderados, José jamais teve como foco a criação de negócios próprios, a gestão de riscos ou o crescimento de uma empresa.
Maria, professora de ensino médio da rede pública, construiu sua vida profissional no ensino e na formação de jovens. Disciplina, ética e estabilidade foram os pilares de sua trajetória — longe do universo competitivo e volátil do empreendedorismo privado.
Hoje, ambos aposentados e realizados com suas carreiras, não teriam nem perfil, nem motivação para iniciar um empreendimento, mesmo que fosse uma franquia já formatada.
A Ilusão da Franquia Como Solução
Muitos acreditam que abrir uma franquia é a solução perfeita para quem nunca empreendeu. Afinal, a marca já é reconhecida, os processos estão testados, e o suporte existe.
Porém, isso é apenas uma meia-verdade. Franquia facilita o caminho, mas não elimina a necessidade de postura empreendedora.
O franqueado ainda precisa:
Superar períodos de prejuízo inicial
Liderar equipes de maneira estratégica
Investir em marketing local
Resolver problemas operacionais no dia a dia
Agir como dono do negócio — não como um funcionário esperando ordens
Sem esses ingredientes, o insucesso é apenas uma questão de tempo.
A Responsabilidade da Franqueadora
Muitas franqueadoras, pressionadas para bater metas de expansão, deixam de analisar profundamente o perfil dos candidatos. Assim, acabam aprovando franqueados que:
Nunca gerenciaram negócios
Têm aversão natural ao risco
Encaram a franquia como “um emprego seguro”
Buscam estabilidade — exatamente o oposto da natureza do empreendedorismo
Quando isso acontece, a responsabilidade da franqueadora é evidente. Ela deveria ter sistemas de seleção mais rigorosos para proteger sua marca e seus futuros franqueados.
A Responsabilidade do Franqueado
Mas é fundamental deixar claro: o franqueado também é responsável pela decisão que toma.
Assinar um contrato de franquia, investir capital e assumir um novo negócio são atos adultos, conscientes.
Assim como em qualquer compra de alto valor — seja um carro, um imóvel ou um investimento financeiro — o comprador precisa fazer sua própria avaliação crítica.
No mundo dos negócios:
O vendedor cumpre seu papel de vender.
O comprador cumpre seu papel de investigar e decidir conscientemente.
Portanto, a culpa é compartilhada: o franqueador deveria filtrar melhor, mas o franqueado também deveria se conhecer melhor e avaliar com honestidade suas capacidades, desejos e momento de vida.
Pode-se Construir um DNA Empreendedor?
Sim. DNA empreendedor pode ser desenvolvido — mas exige:
Disposição genuína para aprender
Capacidade de enfrentar riscos e perdas
Mentalidade de crescimento
Energia emocional para sustentar o negócio nos momentos difíceis
Um momento de vida propício para isso
Sem essas condições, a tentativa de empreender, mesmo via franquia, tende a se transformar em frustração e prejuízo.
Conclusão: Franquias São Para Quem Quer (e Pode) Empreender
Franquias são, sim, uma excelente forma de empreender com menos riscos do que negócios do zero.
Mas não são uma solução mágica que transforma automaticamente qualquer pessoa em empresário de sucesso.
O sucesso de uma franquia depende tanto da franqueadora quanto do franqueado.
Ambos têm responsabilidades. Ambos tomam decisões. E ambos colhem os frutos — ou os prejuízos — dessas escolhas.
No fim das contas, não é a marca, o ponto ou o produto que fazem um negócio dar certo.
É o empreendedor que faz.
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